
O primeiro trimestre de 2025 não foi generoso com os smartphones na Europa: segundo o mais recente relatório da CounterPoint Research, as remessas caíram 4% face ao mesmo período do ano passado, o que representou a primeira queda em anos.
A culpa, dizem os analistas, está na incerteza económica, nas mudanças tarifárias e numa procura mais fraca por parte dos consumidores. Mas no meio do recuo generalizado, uma marca deu um salto inesperado: a Honor.
Honor sobe, Xiaomi recua
Segundo os dados da CounterPoint Research, divulgados em 26 de maio, a Honor foi a fabricante que mais cresceu na Europa neste início de ano, com um aumento de 20% nas remessas.
A marca chinesa, que tem apostado numa linha diversificada e numa estratégia de mercado mais agressiva, conseguiu capitalizar essa aposta para subir ao 4.º lugar entre os Fabricantes de Equipamento Original (OEMs) no continente neste trimestre.
É uma escalada importante, sobretudo num contexto em que nomes mais estabelecidos tropeçaram. A Xiaomi, por exemplo, teve uma queda de 8% nas suas remessas europeias, sentindo a pressão do aumento da concorrência.
Já a Samsung recuou 2%, e parte da culpa parece estar no fraco desempenho da série Galaxy S25, que “teve dificuldades para impressionar”.
Do outro lado da moeda, a Apple até conseguiu um ligeiro crescimento de 2%, impulsionada pelo lançamento do iPhone 16e, embora o preço elevado continue a ser um entrave à procura no velho continente.
Balanço das marcas – 1.º trimestre de 2025

- Honor: +20% YoY — agora o 4.º maior OEM da Europa
- Apple: +2% YoY — crescimento impulsionado pelo iPhone 16e, apesar dos preços elevados
- Samsung: -2% YoY — série Galaxy S25 não convenceu
- Xiaomi: -8% YoY — concorrência apertada travou o desempenho
- realme: +3% YoY — crescimento modesto, mas constante
*YoY: "Year over Year", ou em português, "ano a ano". É uma métrica usada para comparar os resultados de um período com os do mesmo período no ano anterior.
Em resumo, a Europa pode estar a arrefecer, mas a Honor está claramente em alta — e parece não ter planos para abrandar. Enquanto isso, Samsung e Xiaomi enfrentam desafios num mercado cada vez mais competitivo.
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